Parte do artigo saber histórico na educação

Neste capítulo podemos constatar uma historiografia parecido com o movimento positivista tendo em vista que no capítulo analisado é nítido o culto à figura do herói. A crítica a qual se deve fazer com relação a esta linha de pensamento é que alguns setores da sociedade, mais especificamente as classes mais baixas, ficam sem poder de voz anulando assim a sua participação na História. A história sendo a “ciência dos homens no tempo” (BLOCH, 1991 pag. 55) e se o objeto de estudo é o homem não devemos ater somente a um ou outro nome. Não devemos negar a importância dos heróis ou o seu papel na formação da identidade nacional de uma determinada sociedade, mas infelizmente nos deparamos demasiadamente com o sistema positivista presente nos livros didáticos e estes discursos acabam por tornar menos prazeroso aos alunos o estudo da disciplina de História já que não se veem como sujeitos históricos. Na leitura do capítulo observamos que determinadas classes sociais aparentemente não tiveram participação efetiva na formação e estabelecimento das ideologias, o que abre um leque de questionamentos no imaginário dos estudantes com relação do papel exercido por estas camadas no contexto estudado. E muito difícil pedir para o professor que, a partir do material didático, desenvolva em seus alunos uma formação que promova neste a capacidade de criticar a sociedade em que vive. Como trabalhar e mostrar para o mesmo que independente de gênero, classe ou credo ele é um sujeito histórico se ao analisar os livros didáticos pouco se tem (quando tem) algum conhecimento sobre as pessoas pertencentes a uma camada social próxima a que ele vive nos dias atuais. É sabido que o saber em história é infinitamente grande e não seria possível uma compilação de todo este conhecimento em um único livro, e nem é o propósito desta discussão entrar novamente nos pormenores da criação do material, mas é indispensável apresentar aos alunos um material mais completo, onde é possível o contato entre