Panafricana

10915 palavras 44 páginas
INTRODUÇÃO

Depois da segunda guerra mundial a África debatia-se com questões de toda índole, com destaque para as de aspecto político, consubstanciadas na luta pela independência contra o domínio colonial. Essas lutas visavam criar estratégias para o desenvolvimento do continente numa altura em que o mundo se encontrava em pleno auge da guerra-fria e divido em dois campos antagónicos.
Clamorosa era também a situação sócio-política e histórica. Por esta razão, os países procuravam a sua auto-determinação e lutavam com toda bravura e heroísmo, uma vez que as condições sociais, económicas e políticas não eram das melhores. Inconsistente era também o sistema de educação, saúde, comunicação, etc., o que motivou os intelectuais africanos a assumir outros compromissos e rumar para novos horizontes: independência e desenvolvimento
Sabe-se, porém, que o continente africano conheceu a presença europeia em todo seu quadrante, sobretudo depois da perniciosa conferência de Berlim, que formalizou a configuração de África e descartando questões essenciais para a sobrevivência das instituições originalmente africanas.
Uma das raízes mais profundas da dura realidade africana é o mercado de escravos, explorado por árabes e europeus entre os séculos XVI e XIX. Naquele período, mais de 11000.000 de seres humanos foram capturados por portugueses, holandeses, ingleses e franceses, e transportados à força, principalmente para as plantações dos Estados Unidos e para as possessões portuguesas na América.
Encerrado o período esclavagista, no século XIX, as potências coloniais mantiveram o controlo sobre a África, que se tornou fonte de minerais e matéria-prima para a florescente indústria europeia. No processo de colonização, muitas tribos e nações inimigas acabaram unidas à força pelos colonizadores. Por causa disso, as fronteiras dos Estados e regiões reflectiam muito mais os interesses estrangeiros do que a história dos povos locais.
Portanto, cansados com dominação

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