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Título: Cultura, Família e Sociedade.1
Estamos iniciando mais uma disciplina fundamental para o exercício da atividade profissional do assistente social. Por isso, convido você para utilizar este material como uma referência para o estudo desta temática, sem pretender esgotar as inúmeras facetas que envolvem tanto o conhecimento quanto as estratégias de intervenção junto a esta instituição tão importante da nossa sociedade:

O que é a família?
Certamente, para respondermos esta pergunta e pensarmos em proposições voltadas para o atendimento desta família, com menos risco de sermos anacrônicos, é importante conhecer a realidade em que está inserida esta família, em qual sociedade esta vivendo, qual a cultura que norteia este agrupamento. O conceito de família pode ser considerado até certo ponto subjetivo, pois depende de quem a define, do contexto social, cultural, político e familiar em que está inserido.
As diferentes Constituições que regeram o Brasil durante diferentes épocas, trouxeram em seu bojo os frutos dos diferentes momentos vividos na sociedade brasileira. É como se no decorrer do tempo pudéssemos estabelecer uma linha de diferentes cores, porém, todas derivadas dos momentos vividos por esta sociedade, indo de um estado patriarcal-patrimonial para um estado sócio-afetivo. Na Constituição de 1824, não temos nenhuma referencia em relação à família; a de 1891, no art. 72, § 4º, reconhece somente o casamento civil, trazendo gratuidade para sua efetivação, porém, não menciona nada além. Nesta Constituição, não se reconhece o casamento religioso. Na Constituição de 1934, temos a primeira menção de que a família deve receber a proteção do Estado, que foi mantida nas demais constituições seguintes. A Constituição de 1937 trouxe de volta o reconhecimento do casamento religioso, atribuindo-lhe efeito civil e a Constituição de 1946, vem estimular a família numerosa, assegurando assistência a maternidade, a infância e adolescência. A Constituição Federal de