Ouro Preto, base economica
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INTRODUÇÃO Para entendermos a dinâmica de Ouro Preto é essencial entendermos sua economia, visto que é uma cidade que se formou a partir da descoberta das minas de ouro. Sendo assim nossa dupla procurou fazer uma aproximação nas etapas econômicas da cidade: começando desde a economia colonial até a economia de Ouro Preto propriamente dito. A partir da última década do século XVII, com a descoberta das lavras de ouro, um denso povoamento se formou na região que mais tarde seria Minas Gerais. A estrutura social, econômica, administrativa e política que se estabeleceu no território estiveram diretamente ligadas à dominação portuguesa nos trópicos. A estrutura da economia mineira no século XVIII é, dessa forma, focou especialmente das análises, com um propósito de desvendar os ritmos da formação econômica do Brasil. Segundo Caio Prado Júnior, o ouro mineiro se inseria no conjunto de produtos fornecidos à metrópole. Integrava-se ao sentido da colonização, sendo durante mais de meio século um dos grandes geradores de riqueza para a economia europeia. Dessa forma, toda a produção de gêneros alimentícios da região tinha a função de assegurar a subsistência de uma grande massa de pessoas que viviam em torno da economia da mineração direta ou indiretamente, sem gerar excedentes significativos (PRADO JR. 1999).
1. Economia Colonial Entre 1500 e 1822, o Brasil esteve sob a condição de colônia de Portugal. Durante a maior parte deste período, a intervenção portuguesa, de caráter claramente extrativo, se fez sentir de formas e intensidades diferentes no território do país. O tipo de intervenção variava de acordo com o interesse europeu sobre determinados bens, com o tipo de atividade econômica que a exploração desses bens produzia e com a viabilidade da atividade e do exercício de um controle efetivo da mesma dada às dimensões geográficas do país. Entre as diversas atividades que se desenvolveram na época colonial – cana-de-açúcar, fumo, mineração, café,