Os REEE's
Segundo Saryan Zenz, o chumbo é um dos contaminantes mais prejudiciais ao meio ambiente, por ele está presente em inúmeros produtos industriais. Como resultado da exposição do ser humano a essas fontes exógenas, todos contém chumbo em seus organismos. Maior parte da inalação do chumbo no corpo humano acontece pelas vias respiratórias e gastrointestinal. (Artigo, a cinética do chumbo no organismo humano e sua importância para a saúde. Fátima Ramos Moreira/ Josino Costa Moreira.)
TOXICOLOGIA GERAL
O chumbo é um elemento tóxico não essencial que se acumula no orga-nismo. Na sua interação com a matéria viva, o chumbo apresenta tanto carac-terísticas comuns a outros metais pesa-dos quanto algumas peculiaridades. Como esse metal afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas do orga-nismo, os mecanismos de toxicidade propostos envolvem processos bioquí-micos fundamentais, que incluem a habilidade do chumbo de inibir ou imitar a ação do cálcio e de interagir com proteínas. Em níveis de exposição moderada (ambiental e ocupacional), um importante aspecto dos efeitos tó-xicos do chumbo é a reversibilidade das mudanças bioquímicas e funcio-nais induzidas.
A toxicidade do chumbo resulta, principalmente, de sua interferência no funcionamento das membranas celula-res e enzimas, formando complexos es-táveis com ligantes contendo enxofre, fósforo, nitrogênio ou oxigênio (grupa-mentos –SH, –H2PO3, –NH2, –OH), que funcionam como doadores de elé-trons (1, 4). As interações bioquímicas do chumbo com grupamentos –SH são consideradas de grande significado to-xicológico, visto que, se tal interação ocorrer em