Os presos politicos

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Os presos políticos, em geral, encaravam a vida na prisão como continuidade de sua luta contra o regime. As organizações tentavam manter seus elos atrás das grades, realizavam discussões, grupos de estudo de teoria política, reuniões e denúncias formais contra as torturas e maus-tratos. Em que pesem as condições insalubres das prisões brasileiras, os presos políticos que sobreviviam à fase de interrogatório militar extrajudicial e eram entregues à polícia política e à Justiça Militar para serem formalmente processados normalmente não eram mais torturados. Mas houve casos de presos retirados dos presídios onde cumpriam pena para serem torturados e mortos.
Principais presídios políticos da ditadura:
– Presídio Tiradentes – São Paulo (SP)
– Presídio Milton Dias Moreira – Rio de Janeiro (RJ)
– Penitenciária Regional de Juiz de Fora/Linhares – Juiz de Fora (MG)
– Instituto Penal Cândido Mendes – Ilha Grande (RJ)
O sistema prisional legalizado convivia com centros de interrogatório e cárcere abrigados em instituições militares ou policiais, nos quais não havia proteção judicial do preso. Ali, eles eram submetidos à tortura e ficavam à mercê de seus algozes. Os principais centros desse tipo eram os seguintes:
– DOI-Codi – Rua Tutoia – São Paulo (SP) – 51 prisioneiros mortos
– DOI-Codi – Rua Barão de Mesquita – Rio de Janeiro (RJ) – 30 prisioneiros mortos
– DOI-Codi – Recife (PE)
– PIC/PE – Vila Militar – Rio de Janeiro (RJ)
– Base Aérea do Galeão – Rio de Janeiro (RJ)
– Base Naval da Ilha das Flores – Rio de Janeiro (RJ)
Vale lembrar que existia DOI-Codi em Recife, Brasília (ambos criados em 1970), além de Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Fortaleza, criados em 1971. O de Porto Alegre, submetido ao comando do 3º Exército, foi criado em 1974. Entre 1970 e 1974, operava em Porto Alegre outro modelo organizativo de combate à guerrilha, a Divisão Central de Informações (DCI), mais integrada à Secretaria de Segurança Pública e ao Dops local. O método, entretanto,

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