Os Jesuitas na Amazonia

1791 palavras 8 páginas
JESUÍTAS, MORADORES E COLÉGIOS NA AMAZÔNIA COLONIAL*
Rafael Chambouleyron
Faculdade de História/UFPA

Raimundo Moreira das Neves Neto
Mestrando em História Social da Amazônia/UFPA
Bolsista CAPES

Pode-se dizer que os jesuítas se instalaram no Estado do Maranhão e Pará – região que corresponde aproximadamente à Amazônia brasileira atual – desde a década de 1650, com a chegada do famoso padre Antônio Vieira. Embora tivessem estado na região em ocasiões anteriores – período em que o padre Luís Figueira assumira o governo da frágil missão no Maranhão e Pará – é somente em 1653 que, de fato, podemos falar de uma presença sistemática e definitiva da Companhia, até a sua expulsão no final da década de 1750 e início dos anos 1760. No Estado do Maranhão e Pará, durante o século XVII, os religiosos conseguiram construir uma incrível rede de colégios (Santo Alexandre, em Belém, e Nossa Senhora da Luz, em São Luís) aldeias e residências que cristalizou o seu poder e seu apostolado na região. O crescimento da ordem, principalmente no século XVIII, ensejou inúmeros conflitos com moradores e autoridades, sobretudo em torno da mão-de-obra indígena, fundamental na região. A historiografia tem insistido nesse embate como uma chave interpretativa para entender a própria presença jesuítica na Amazônia, o que ensejou que se deixassem de lado outros aspectos importantes do apostolado da Companhia de Jesus, que são igualmente relevantes para entender a forma como a Ordem organizou o seu governo na região. É nesse sentido que se pode refletir sobre as atividades educativas da Companhia de Jesus na Amazônia. O ensino jesuítico é conhecido desde o princípio da Ordem, quando, como define um biógrafo de Santo Inácio, a Companhia de Jesus, inicialmente missionária, pouco a pouco se transformou numa “Ordem docente”. Falar de ensino, não significa somente pensar o ensino da doutrina e das escolas nas aldeias de índios livres, espaços privilegiados da missão jesuítica na América

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