Os Estabelecidos

''Os estabelecidos e os outsideres”, trata- se de um estudo realizado por Elias e Scoton em uma pequena comunidade: Wiston Parva(nome fictício). O objetivo das analises foi compreender a lógica da configuração social no local, uma vez em que os aspectos sociológicos não eram os principais elementos de diferenciação entre os moradores. O nome da obra deve-se a maneira como a qual a comunidade era dividida, Os estabelecidos e os Outsideres foram os nomes dados a cada grupo, que dividiam o mesmo espaço, mas encontravam conflitos entre si. As diferenças não tratavam-se de uma distinção étnica, mas de interdependências e processos de estigmatização entre grupos humanos.

Os estabelecidos eram os moradores mais antigos e naturalmente valorizam suas características, as tendo como um diferencial e avaliavam negativamente o grupo oposto, demonstrando assim o receio de perder o seu status, já que havia a necessidade de reafirmação de superioridade e de dominância diante dos recém chegados. O tempo de permanência no local, foi um aspecto identificado pelos autores, como fator predominante para diferir os grupos, sendo que os mais antigos levavam vantagem diante dos mais novos, em razão da hegemonia estabelecida pela formação de uma cultura enraizada nos moradores.

A questão posta pelos autores era o processo de submissão de um grupo em relação ao outro, tendo como base os fatores explicativos das posições ocupadas pelos grupos, marginalizadores e marginalizado. Concluiu-se que os estabelecidos possuíam uma coesão grupal, devido as suas origens vindas de três gerações, vínculo não existente entre o grupo opositor, que se instalou no local atraído por questões industriais, tornando-se indiferente a cultura e costumes implantados pelos estabelecidos e alheios a si mesmos, não criando relações com os quais seriam seus semelhantes.

A supremacia imposta pelos estabelecidos vinha do poder alcançado ao longo dos anos de permanência no local, o que os tornou pertencentes