Os Clássicos Da Sociologia

A MODERNIDADE E A SOCIOLOGIA A preocupação e reflexão sobre a vida social não é algo recente ou moderno. Desde a antiguidade o homem busca explicar e compreendê-la. Seja através do conhecimento religiosos, mítico, filosófico, do senso comum e da tradição. Um conhecimento científico, com objeto de estudo e metodologia própria com essa preocupação, só vai surgir no final do século XIX, em meio as transformações que formaram a modernidade.
A definição de modernidade não refere apenas ao seu sentido etimológico: o que é recente ou a demarcação temporal de um período histórico, que se estende do final do século XVI até o XX. Ela se refere principalmente as mudanças econômicas, políticas, culturais e sociais que serão discutidas mais a adiante, e contribuíram para colapso e fim do mundo feudal e o surgimento da sociologia.
O mundo feudal é caracterizado pelo domínio da Igreja, como detentora da verdade sobre a realidade, do controle político da nobreza e do clero, como também pela mínima mobilidade social, ou seja, nasceu camponês ou nobre morre-se camponês ou nobre, além da falta de liberdade religiosa e de expressão. Algumas revoluções, que serão resumidamente apresentadas adiante, na área do conhecimento, da política e da economia vão proporcionar a formação de um novo mundo, o mundo moderno.
A Revolução na área do conhecimento, não foi algo isolado e também não aconteceu em curto período de tempo. Verifica-se inicialmente a partir da Reforma Protestante conduzida pelas ideias de Martinho Lutero e Calvino, contradizendo o dogma da infabilidade papal, dissolvendo a exclusividade da autoridade religiosa da Igreja Católica Apostólica Romana, dominante na Europa durante todo o período medieval; outro marco dessa revolução foi o pensamento filosófico de Rene Descartes, com seu ceticismo metódico, a partir do ego sum, como também na teoria de Nicolau Copérnico sobre o heliocentrismo em oposição ao geocentrismo; a comprovação de Galileu da teoria de