Os campos democráticos no Brasil

741 palavras 3 páginas
Fernando Collor de Mello que, COMO FOI CITADO, tornou-se presidente do Brasil em 1989, sofreu um impeachment três anos depois devido a grande corrupção inserida em seu governo que, gerando insatisfação social, sofreu sérias acusações investigadas, posteriormente, pelo Congresso Nacional, o que influenciou na exigência da sociedade pela queda de Collor.
Na verdade, a grande questão foi que o impeachment se deu em um cenário de crise da democracia, e acompanhou, de forma surpreendente, a atuação legítima dos componentes políticos brasileiros, que cumpriram suas tarefas democráticas. Dessa forma, esse fato histórico trouxe não apenas consequências políticas para o cenário do país, mas também influenciou diretamente na questão do Estado de direito, colocando na agenda democrática a discussão a respeito da impunidade presente na política do Brasil.
Tem-se, portanto, a experiência com a questão de accountability, ou seja, aquele que estiver no poder deve assumir a responsabilidade se algo der errado. Além disso, implica que deve haver inspeção em todos os registros financeiros do governo, a fim de manter a transparência e o controle dos gastos públicos. Assim, o Estado de direito, fragilizado pela relação desgastada entre autoridades públicas, a corrupção e a expectativa da sociedade, passa a encontrar, de forma primitiva, uma saída para a democracia a partir do impeachment.
Contudo, sabe-se que a eficácia da democracia, ainda assim, está longe de se consolidar por conta de diversos fatores como a combinação de presidentes voluntaristas e de um sistema partidário fragmentado. Nesse caso, tem-se que, talvez, a adoção do parlamentarismo poderia ter sido uma solução quando discutiu-se a ideia em 1993, pois desenvolveria uma certa liberdade à questão democrárica do país através de seus incentivos à disciplina partidária e à construção de coalizações, estimulando a agregação de interesses da sociedade brasileira.
Por conseguinte, uma vez que não foi possível a

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