Origem da Capanha da Fraternidade

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A história da Campanha da Fraternidade teve origem alguns anos antes do início do Concílio Ecumênico Vaticano II, quando um pequeno grupo de padres recém-ordenados, sob a coordenação de Dom Eugenio Sales, reunia-se em Natal, cada mês, para rezar e refletir sobre a Igreja e a Pastoral. Daí surgiram várias iniciativas postas em prática, com sucesso. Algumas vieram a ter dimensão nacional. Dentre elas estão o primeiro Regional da CNBB, que abrangia as dioceses da área territorial que ia do Maranhão à Bahia; o primeiro planejamento pastoral, colocando a técnica a serviço do Reino de Deus; a organização sistemática dos trabalhadores em sindicatos rurais, reconhecidos pelo Governo. E, logo a seguir, a primeira Federação dos Trabalhadores Rurais no Rio Grande do Norte; paróquias confiadas a religiosas; as escolas radiofônicas e outras iniciativas, sem esquecer a Campanha da Fraternidade, posteriormente assumida em nível nacional pela CNBB no ano de 1964.

No Nordeste semi-árido, pobre, mas confiante em Deus, nasceram estas atividades fecundas, fruto do Evangelho posto em prática. A Arquidiocese de Natal havia recebido alguma ajuda, de modo particular da Igreja da Alemanha, que mal saíra da catástrofe da 2ª Guerra Mundial. Muitos outros projetos de ajuda financeira eram encaminhados a outras nações, mas, particularmente, à “Aktion Misereor”, do Episcopado Alemão.

Alguns dirigentes do Serviço de Assistência Rural (SAR) julgaram ser importante criar, entre católicos, uma mentalidade de cooperação local com as obras pastorais e sociais da Igreja, dando, assim, maior credibilidade aos pedidos feitos ao estrangeiro. Ao chegarem respostas favoráveis dos católicos, o grupo de sacerdotes e leigos julgou que, de sua parte, deveria fazer algo para que se pudesse solicitar colaboração aos irmãos na Fé.

Dom Heitor de Araujo Sales, então sacerdote potiguar, estudando na Europa e passando as férias na Alemanha, trouxe todo o material da estrutura da “Misereor” e a divulgação de

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