Orientação aos gestores das unidades escolares
Muitos diretores mostram-se constrangidos com a presença dos supervisores em suas unidades e, às vezes, enfadados com as exigências de alguns quanto à organização do trabalhos pedagógico e burocrático, tendendo a interpretá-los como interferência indébita e fiscalizadora.
Nós, que acompanhamos, na entidade, processos administrativos e sindicâncias, de maior ou menor gravidade, envolvendo colegas, percebemos que, de muitos modos, uma supervisão exemplar e atenciosa poderia evitá-los. Ocorre que o grande número de afazeres afeto aos diretores, numa escola cada vez mais difícil de administrar, os induz naturalmente à desatenção para questões aparentemente secundárias, mas de suma importância em ocasiões de crise interna no estabelecimento. Fácil é constatar a complexidade de nosso trabalho diante do crescente número de alunos, apresentando problemas vinculados a comportamentos negativos, próprios de egressos de uma sociedade em crise de valores, desaguando nas salas de aula; à legislação permissiva manietando ações corretivas por parte dos dirigentes - excesso de faltas por parte dos docentes, descumprimento de programas e planejamentos, distorções do trabalho pedagógico em sala de aula, intolerância nas relações professor- aluno, fazendo com que tenhamos de resolvê-los, às vezes, por meio de punições a preservar o "princípio de autoridade" que se nos exige, etc...; a carência de funcionários, gerando problemas que vão da limpeza do prédio a atendimentos ao alunado; repetitivas exigências burocráticas, mas imprescindíveis aos "papirófagos" órgãos centrais, solicitando várias vezes os mesmos dados no decorrer do ano: as constantes retiradas do Diretor de Escola para reuniões, nem sempre necessárias.
Tudo isso, leva-nos a esquecer que existe uma rotina a ser observada, fundamental para a manutenção de uma escola razoavelmente organizada.
Sob este aspecto, avulta a participação do Supervisor de Ensino e sua presença