Opressão e transe

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OPRESSÃO E TRANSE – Júlia Barreto Pereira

A democracia por muitos é considerada uma utopia, mas por outros é um ideal possível de ser alcançado. O Brasil, em sua teoria constitucional, traz um texto puramente democrático, mas na prática não é o que se vê. Há um fator que vai de encontro com a base democrática, mas que a acompanha desde suas primeiras evoluções. Este fator é a coação. Por alguma razão, há sempre uma força superior que tenta reprimir a força da evolução democrática.

O filme “Terra em transe”, de Glauber Rocha, é um retrato da política, do jogo de poder, passado na fictícia república de El Dourado. É clara a atuação do povo no filme, como um povo fraco, sem poder, reprimido e alienado. Qualquer sinal de rebelião é abafado. Os governantes agem em interesse próprio ou partidário. Certamente o protagonista de El Dourado não é o povo. Interessante analisar que quase após meio século de filme, não se vê muita evolução na política.

Ainda se tratando da época do filme, no Brasil, o clima era de tensão. Neste ano de 2014, fez 50 anos do início da Ditadura militar. A opressão estava presente e era feita sobre quem se rebelava contra os militares, ou seja, a Esquerda Armada. Na maioria das vezes essa opressão era feita por debaixo dos panos, por operações extra-oficiais que eram patrocinadas por grandes empresas, como conta Vitor Amorim em seu livro “Luta Armada” no Brasil, essas empresas patrocinavam refeições e carros para transporte de presos, por exemplo.

No caso das operações extra-oficiais, o método oficial utilizado para interrogação era a tortura, mais que nunca se via um quadro de caos, mas será que o Brasil de hoje já se encontra livre desse mal coativo por ser chamado de democracia e não estar inserido no contexto de ditadura militar?

No ano passado (2013) o Brasil viveu um momento de grandes e memoráveis manifestações, nas mesmas, viu-se algo muito familiar: a coibição por parte da polícia. Com o intuito de fazer manifestações

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