Operariado no Brasil
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Leia atentamente os dois trechos abaixo. O texto 1 é de um jornal italiano chamado “Fanfulla”, escrito desde 1893, nos primeiros anos em que os imigrantes de igual nacionalidade se instalaram no bairro do Brás, na cidade de São Paulo. O texto 2 é um depoimento de um operário que trabalhou em uma oficina no mesmo bairro paulistano no início do século XX.
Texto 1:
“É materialmente impossível que o Sr. prefeito municipal conheça o Brás. Se assim não fosse, seria necessário dizer que o ilustre magistrado não se encontra à altura do cargo que ocupa. Diremos mais. Nós acreditamos que o referido senhor conhece do Brás somente a avenida Rangel Pestana, mas nenhuma das ruas transversais, nem mesmo a que leva ao Mercado Velho e ao Gasômetro, que é uma das mais freqüentadas da cidade, e entre as mais cheias de poças, fossas e precipícios de todo o gênero (...) Paciência quando se de trata de ruas despovoadas, pelas quais se pode transitar em bondes ou não transitar. Muito pior quando isso acontece em ruas habitadas, nas quais ao limo, lixo, juntam-se às águas servidas e muitas outras coisas que não é lícito nomear, mas que muitas pessoas acham certo depositar ou jogar das janelas(...) Esta a razão pela qual no Brás têm sede predileta, endêmica, a escarlatina, a varíola, as febres palustres, as febres tifóides e vários outros benefícios do Senhor [prefeito]...” (PINHEIRO, Paulo Sérgio e HALL, Michael M. (orgs.). A Classe Operária no Brasil, 1889-1930, Documentos, vol. II, São Paulo, Brasiliense/FUNCAMP, 1981, p. 24 -25.)
Texto 2:
“A oficina tinha secções com muito barulho, mau cheiro de ácido. Noutra oficina se fazia