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Manguel escreve “A cidade das palavras”: as histórias que contamos para saber quem nós somos. A obra de 152 páginas é formada por cinco capítulos: “A voz de Cassandra”, “As tabuletas de Gilgamesh”, “Os tijolos de Babel”,
“Os livros de dom Quixote”, “A tela de Hal”. Cada um dos capítulos apresenta uma reflexão sobre os motivos que fazem com que nos,seres humanos vivam juntos.

No primeiro capítulo, “A voz de Cassandra”, conta sobre a história de Alfred Döblin, um romancista do século XX,
Döblin observa que a linguagem é a principal razão pela qual vivemos juntos, pois quando falamos com alguém, temos a necessidade de receber uma resposta, afinal, a linguagem é nosso denominador comum. Manguel também cita sobre o ato de ler como uma operação da memória que nos permitem desfrutar de experiências alheias como se fossem da nossa própria vida. Cassandra não escutava histórias, ela inventava as suas.
Mexer com histórias, contar histórias, redigir histórias, ler histórias são artes que dão voz a nossa percepção da realidade e podem nos servem como conhecimento.

O segundo capitulo “As tabuletas de Gilgamesh”, Manguel reflete sobre as histórias e a importância do outro para o nosso autoconhecimento, para saber o que cada um é de verdade, são necessários ao menos duas pessoas juntas. Em Gilgamesh, Enkidu é o outro, que deve ser eliminado, porem ele passa a pertencer a Gilgamesh, se unindo, de modo que cada um se define pela existência do outro

“Os tijolos de Babel”, fala sobre o mito de Babel aprofundando a ideia da linguagem como um elo de comunicação entre pessoas que convivem em uma mesma sociedade. Manguel foca a importância das histórias criadas com aspectos da realidade para o entendimento da humanidade e também falas sobre a função da língua que podem nos aproximar, ou nos afastar de alguns indivíduos, afinal as palavras exigem o conhecimento do receptor, da capacidade do outro de ouvir e entender, ler e entender um código, é impossível uma