ONGS em estados falidos

Departamento de Relações Internacionais
Curso de Relações Internacionais
Área de Formação em Instituições Internacionais e Política Externa

A INFLUÊNCIA DA ATUAÇÃO DAS ONG’S DA ÁREA DA SAÚDE NA AUTOPRESERVAÇÃO DO ESTADO FALIDO
– Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso –

Belo Horizonte
Junho/2013
1. INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é analisar a relação entre duas áreas amplamente abordadas no campo das Relações Internacionais: as Organizações Não Governamentais e a segurança no Sistema Internacional. A partir disso, decidimos investigar como as ONG’s transnacionais atuam no Sistema Internacional e qual a sua influência na percepção de segurança que os Estados possuem.
O Estado considera tudo aquilo que ameace a sua preservação como uma iminência à sua paz. Já as ONG’s partem, hipoteticamente, do princípio de que a paz é ameaçada quando a preservação da vida e a defesa dos direitos dos seres vivos sofrem ameaça. Contudo, as diferenças de percepção destes dois atores sobre quando há iminência sob a paz, nos leva a questionar se a cooperação entre eles é possível, sendo que ambos estão preocupados em defender seus interesses e atingir seus objetivos particulares, que em diversos momentos são divergentes.
Em contrapartida, um Estado falido é considerado como tal quando possui violência interna constante e não tem mais capacidade de fornecer os suprimentos à vida básicos para sua população. Passamos, então, a refletir se e como ocorre a cooperação entre Estados considerados Falidos e Organizações Não Governamentais, já que seus objetivos, em sua maioria, passam a serem os mesmos.
Ao utilizarmos o Institucionalismo como base teórica para nossa pesquisa, consideramos que a cooperação na situação descrita acima tem grande probabilidade de acontecer, já que essa teoria, apesar de considerar o Estado como ator principal, acredita que Instituições Internacionais possuem papel essencial para fazer com que a cooperação seja