Oleiros e Ceramistas do Poti Velho, PI: Um Estudo Etnoarqueológico

Oleiros e Ceramistas do Poti Velho, PI: Um Estudo Etnoarqueológico

por Andréa Lourdes Monteiro Scabello

Sobre a autora[1]

La etnoarqueologia supone acercarnos a la diferencia: acender a la experiência del Outro.Y esto es deliberadamente ambíguo, pues se trata de experiementar lo diferente, pero también de beneficiarnos de la experiência que el Outro tiene de su mundo: su saber-hacer, sus conocimientos tecnológicos, su habilidade como ser social y simbólico en uma sociedade diferente a la nuestra.

Alfredo González Ruibal (2003)

A cultura é indispensável ao indivíduo no plano da existência material. Ela permite sua inserção no tecido social dá uma significação a sua existência e a dos seres que o circundam e forma a sociedade da qual se sente membro. Ela não desempenha o mesmo papel nos diversos momentos da vida.

Paul Claval (2001)

Um pouco de história

A utilização dos recursos naturais pelas diversas sociedades demonstra a capacidade criativa dos seres humanos. No estado do Piauí muitos recursos são explorados economicamente, entre eles as fontes de argila que sustentam a atividade oleira e ceramista em vários municípios; tradicionalmente, utilizada como matéria-prima para a construção de casas em taipas de mão, na confecção de tijolos e telhas e, também elaboração de utensílios domésticos (vasilhames, panelas de barro, etc.).

Em Teresina, os depósitos sedimentares de argila de natureza aluvional aparecem, frequentemente, nas imediações das lagoas existentes nos bairros do Poti Velho e Olarias (região norte), situados às margens dos rios Poti e Parnaíba. A argila, transportada pela água e decantada nas zonas de várzea ou planícies de sedimentação, forma bancos, camadas e lentes horizontais.

O sistema ambiental em Teresina é configurado por rios (os principais são o Parnaíba e o Poti), solos ricos em material orgânico e variado na composição, permite a diversidade de recursos naturais originários de uma longa transformação geológica