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21492 palavras 86 páginas
[ TT00416 ]

A moreninha

Joaquim Manoel de, Macedo

"Texto pertencente ao acervo de peças teatrais da biblioteca da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), digitalizado para fins de preservação por meio do projeto Biblioteca Digital de Peças Teatrais (BDteatro). Este projeto é financiado pela FAPEMIG (Convênio EDT-1870/02) e pela UFU. Para a montagem cênica, é necessário a autorização dos autores, através da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais - SBAT"

A moreninha A MORENINHA Comédia em 1 Prólogo e 4 Atos, de Joaquim Manuel de Macedo Sala: Ao fundo duas portas e uma janela no centro: 2 janelas a d.: Mesa já usada e sôbre ela tinteiro, papéis, livros, dois castiçais de latão, espelho de caixa aberto, canapé velho: 2 cadeiras, canastras, cabide com roupa, estante rude com livros, vasos, escovas, boião de graxa, etc. Botinas no chão, desordem enfim de casa de estudantes.

Texto digitalizado para o projeto BDTeatro da UFU.

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Joaquim Manoel de, Macedo

prologo cena 1ª
AUGUSTO (Em mangas de camisa e de chinelos deitado no canapé com um livro aberto; Leopoldo de robe de chambre à janela do fundo. Fabrício vestido para sair; mas de barrete vermelho na cabeça, e espreitando a janela da d.) (Augusto canta como absorto) - Bela visão do passado. Que na minha alma ficou. FABRÍCIO (deixando a janela) - O diabo leve a tua visão do passado! é a segunda vez que me espantas a Cocotinha. LEOPOLDO (chegando-se) - A Cocotinha é feia como dia de sabatina. FABRÍCIO - Faz porém pastéis de nata gostosos como tempo de férias. LEOPOLDO - Quem se lembra da Cocotinha hoje que Mme. Venoi com as filhas e as sobrinhas vai em nossa companhia ao fogo dos barraqueiros do Campo... A Nini já por vezes me atirou beijos lá de cima. FABRÍCIO - Eu prefiro um pastel de nata; mas irei ao fogo só por bambochata. LEOPOLDO - O buzilis está na ceia, que é imprescindível; porque a velha é gulosa, como tu, ou como uma harpia. FABRICIO - Macaca assenta melhor. (Quer voltar à janela).

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