Objeções Factuais

Objeções Factuais

Existem diversas objeções à teoria de Peter Singer, sendo que algumas a refutam por não irem de encontro aos princípios do utilitarismo, uma vez que Singer é utilitarista, denominadas objeções morais, e outras que simplesmente não concordam com a teoria de Singer pois entendem que ajudar os pobres irá trazer consequências muito graves, denominadas objeções factuais. As objeções feitas à perspectiva de Singer, designadas objeções factuais, têm como principal defensor da ideia Garret Hardin. Hardin critica a teoria de Singer afirmando que as pessoas mais ricas não devem ajudar as mais pobres pois essa ajuda irá levar a um grande desastre a nível mundial. Hardin compara esta situação com um bote salva-vidas e um mar cheio de náufragos, em que os ricos são o bote e as pessoas mais pobres os náufragos. Ao passar por esse mar, as pessoas mais ricas não iriam ajudar os mais pobres, pois caso isso acontecesse, provavelmente o bote ficaria cheio e morreriam todos afogados. Garret Hardin acredita que esse desastre a nível mundial poderá acontecer, pois ao ajudarmos as pessoas mais pobres estamos a fazer com que os governantes desses países se tornem irresponsáveis, já que, sabendo que podem contar com a ajuda internacional, tendem a não tomar medidas que contribuam para o desenvolvimento do país e acabem com a pobreza nele existente. Por outro lado, Hardin defende ainda que ao ajudarmos os países pobres estamos a contribuir para o aumento do número de pessoas que vivem na pobreza, devido ao crescimento populacional. Outros apoiantes de Hardin consideram que se devia adotar uma política de triagem, ou seja, não ajudando os países que sem qualquer tipo de auxílio conseguiriam proporcionar as condições básicas de vida à sua população e não ajudando países que mesmo com auxílio não conseguem proporcionar à sua população essas condições. Deste modo, ao não ajudarmos os países pobres, é possível controlar o crescimento da população através da