NUTRIÇAQ RENAL

2700 palavras 11 páginas
NUTRIÇÃO NO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Lilian Cuppari
Sérgio A. Draibe
Horácio Ajzen
Os benefícios do manuseio dietético para pacientes portadores de insuficiência renal crônica são reconhecidos há três décadas. A principal manipulação introduzida foi a restrição protéica, cuja finalidade básica é a de diminuir a produção de catabólitos nitrogenados tóxicos causadores da sintomatologia urêmica. Além disso, várias pesquisas têm tentado evidenciar o potencial das dietas hipoprotéicas em reduzirem a velocidade de progressão das doenças renais.
Atualmente, o acompanhamento nutricional do paciente urêmico não visa somente atingir os objetivos acima, mas adquiriu uma conotação mais ampla, que é a de assegurar o estado nutricional adequado, de atuar em doenças correlatas como o hiperparatiroidismo secundário e de tentar corrigir algumas das alterações metabólicas existentes.
Com o desenvolvimento das técnicas dialíticas criou-se também a necessidade de orientações dietéticas específicas que sejam capazes de manter ou melhorar o estado nutricional do paciente, além de repor as perdas de nutrientes causadas por esses procedimentos.
Recomendações Dietéticas para Pacientes Pré-Dialíticos
Nessa fase da insuficiência renal crônica o tratamento nutricional tem 3 objetivos principais: a) manutenção do estado nutricional adequado; b) prevenir ou minimizar a toxicidade urêmica e as alterações metabólicas; e
c) retardar a velocidade de progressão da doença renal.
Ainda existe controvérsia sobre em que momento deve ser iniciada e em que nível deve ser a restrição protéica quando se tem por objetivo retardar a progressão da doença renal. Assim sendo a recomendação de
0,8 g/kg de peso ideal/dia de proteínas, que é a quantidade recomendada para indivíduos sadios
“Recommended Dietary Allowances”-RDA), parece ser adequada para manutenção do estado nutricional para pacientes com taxa de filtração glomerular maior que 55 ml/min/1,73 m2. Quando a taxa de

Relacionados