Novos registros de rotíferos da planície de inundação do alto rio paraná

Novos registros de rotíferos da planície de inundação do alto rio Paraná (PR/MS): Trichocerca tenuior (Gosse, 1886), Lecane thienemmani (Hauer, 1938) e Monomata arndti Remane, 1933.

Elis Cristiane Pilger (1), Ciro Yoshio Joko (1), Cláudia Costa Bonecker (1), Fábio Amodêo Lansac-Tôha (1)

(1) Nupélia, PEA, DBI, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Av. Colombo, 5790 – bl. H-90 – 87020-900. Maringá – PR. Email: [e-mail]

Os rotíferos apresentam um importante papel ecossistêmico nos ambientes aquáticos através da sua participação no fluxo de energia e matéria nas cadeias tróficas, e, por conseguinte, contribuíram para a biodiversidade. Na região neotropical foram registradas cerca de 624 táxons deste grupo, e na planície de inundação do alto rio Paraná, 304 táxons. Essa diversidade está relacionada com as características oportunistas desses organismos, com alta taxa de consumo e assimilação de uma ampla variedade de recursos alimentares, possibilitando-lhes colonizar a elevada heterogeneidade de ambientes, e seus habitats, presentes na planície. Estudos realizados na planície mostraram as novas ocorrências de Trichocerca tenuior, Lecane thienemmani e Monomata arndti, com baixas abundâncias (1 ind.m-3), em diferentes lagoas e épocas do ano. A primeira espécie foi registrada em uma lagoa (lagoa Sumida), na seca (junho de 2010), com temperatura da água de 19,6°C; transparência da água, 1,05 m; turbidez, 5,3 NTU; oxigênio dissolvido, 5,89 mg/L; pH, 6,32; condutividade elétrica, 26,3 µs/cm; clorofila-a, 3,5 µg/L; nitrogênio total, 1.003 µg/L e fósforo total, 31,0 µg/L. As outras espécies foram registradas em diferentes lagoas (lagoas Aurélio, Capivara, Boca do Ipoitã e Gavião), na cheia (dezembro de 2010), com temperatura da água de 27,8-29,0°C; transparência da água, 0,6-0,9 m; turbidez, 4,1-35,5 NTU; oxigênio dissolvido, 3,3-4,6 mg/L; pH, 5,84-6,92; condutividade elétrica, 23,9-55,8 µs/cm; clorofila-a, 2,2-35,96 µg/L; nitrogênio total,