Novo acordo ortográfico
ALTERAÇÕES FUNDAMENTAIS DO NOVO ACORDO ORTOGRAFICO
DA LÍNGUA PORTUGUESA
Nosso objetivo neste pequeno texto é expor as principais alterações introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor, facultativamente, em janeiro de 2009 e passa a ser obrigatório a partir de janeiro de 2016, se a nostalgia de um passado colonial não fizer com que Portugal embargue o projeto.
Primeiramente, deve-se observar que não houve mudança em relação à pronúncia da língua, mas sim no registro escrito ou ortográfico do português. Trata-se, portanto, de alterações que em nada afetam o sistema linguístico em sua modalidade falada, mas unicamente em alguns aspectos gráficos de sua escrita. O Acordo revela-se meramente de caráter ortográfico, não afetando, portanto, nenhum aspecto da língua falada. Por exemplo, mesmo tendo sido suprimido o trema sobre o “u” em “tranquilo”, a pronúncia do vocábulo continua a mesma, com o “u” sendo pronunciado normalmente, como antes do Acordo.
Uniformização ortográfica nada tem a ver com uniformização da língua falada. Mesmo se adotando uma ortografia praticamente comum, continuarão a existir as diferenças entre as diversas línguas portuguesas tanto em nível de nações (português de Portugal, de Angola, do Brasil, etc.) quanto em nível da pluralidade linguística num mesmo país (os falares gaúcho, mineiro, baiano, no caso do Brasil, por exemplo). O Acordo Ortográfico visa, unicamente, a uma padronização no nível escrito da língua portuguesa no contexto da comunidade de países lusófonos.
Um dos objetivos centrais do novo Acordo Ortográfico é o fortalecimento da comunidade de países de língua portuguesa, para que ela se constitua num grupo linguístico expressivo no cenário mundial, capaz de ampliar seu prestígio em termos de linguagem junto aos organismos
Biblioteca Digital, 2014,URL:
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internacionais, além, é claro, de unificar e potencializar o mercado editorial de língua portuguesa