NORBERTO BOBBIO - ESTADO GOVERNO E SOCIEDADE

1. PARA O ESTUDO DO ESTADO
As compreensões do estudo do Estado e quanto as relações de poder, se dividem entre duas disciplinas, na filosofia política e na ciência política, mesmo se tratando de um mesmo assunto, ambas possuem um campo de atuação e de forma diferenciada buscam compreender as complexidades destes temas. A segunda se distingue quanto à “avaloratividade” - desprovido de valores. A investigação utiliza de princípios de verificação ou de falsificação, técnicas racionais são adotadas no estudo do Estado. Enquanto isso, na filosofia política,em vês de “explicar o fenômeno do poder” busca-se a sua justificação.
As teorias do Estado se dividem entre duas, a doutrina jurídica e a doutrina sociológica. Na concepção sociológica, aparecem outras duas teorias, a marxista e a funcionalista. A primeira, distingue as sociedades por meio de seu desenvolvimento econômico, quanto a sua estrutura (bases econômicas e formas de produção) e superestrutura (instituições políticas). Então, o que distingue da marxista quanto da jurídica se trata da diferença de valorização de seus subsistemas, no primeiro se trata do econômico, enquanto do segundo, o cultural. Finalmente, a doutrina jurídica que se limita na construção de normas jurídicas. Atualmente, prevalece na representação do Estado,o sistêmico, as instituições políticas têm como papel fornecer respostas as demandas sociais.
2. O NOME E A COISA
Os últimos estudos a respeito da origem do nome do Estado apontam que o termo originou da palavra “status” (“situação”), ao longo de transformações até o termo atual, com isso, pode-se concluir, que não foi o Maquiavel o pioneiro desse termo,pois ele já utilizava do nome moderno. Mas as diversas definições do seu nome tornam mais complexas à missão de se compreender o verdadeiro sentido do termo. Como questões que surgem, a respeito de quando realmente existiu o Estado, problema difícil , quanto a perspectiva de uma ausência de um consenso ao significado do termo.
Weber,