Niveis de atenção
O sistema de saúde é dividido em níveis de atenção. Cada estrato tem suas prerrogativas e responsabilidades e atende a demandas com determinada complexidade, custo e necessidade de uso de tecnologia. Atenção Primária, cujo carro-chefe é o Programa de Saúde da Família, cabe resolver a grande maioria dos agravos à saúde, além do “recrutamento” dos níveis seguintes – é da Atenção Primária a tarefa de definir quando um paciente deve ser referenciado aos níveis de mais alta complexidade, se houver necessidade do uso desses recursos. A “casa” da Atenção Primária é a UBS – Unidade Básica de Saúde, e esse nível de atenção devem estar presentes em todos os municípios. Atenção Secundária opera quando há necessidade de consultas com especialistas, exames complementares e internações hospitalares por agravos que não requerem grande uso de tecnologia. Atenção Terciária é responsável por um número muito menor de condições, mas que demandam muitos recursos tecnológicos e atuação de subespecialidades. Casos um pouco mais raros e com necessidade de cuidados mais específicos.
1 NIVEIS DE ATENÇÃO
1.1 Atenção primária
Internacionalmente tem-se apresentado 'Atenção Primária à Saúde' (APS) como uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades. Esse enunciado procura sintetizar as diversas concepções e denominações das propostas e experiências que se convencionaram chamar internacionalmente de APS. No Brasil, a APS incorpora os princípios da Reforma Sanitária, levando o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar a designação Atenção Básica à Saúde (ABS) para enfatizar a reorientação do modelo assistencial, a partir de um sistema universal e integrado de atenção à saúde. Historicamente, a ideia de atenção