Niketche

Niketche: uma história de poligamia

Resumo do enredo: Rami, negra, proveniente do sul de Moçambique, é uma mulher casada que começa a desconfiar as recorrentes ausências de seu marido Tony, alto funcionário da polícia. Sua busca revela a existência de diversas mulheres com as quais ele se relaciona e os filhos frutos dessa relação. Suas amantes são Julieta, Luisa, Saly e Mauá e seus filhos somam dezessete. Com o intuito primeiro de tentar se vingar de todas as amantes, Rami decide conhecê-las uma por uma.
A primeira é Julieta com a qual luta e acaba dando uma garrafada em Rami. Muito ferida, a primeira amante leva-a para casa, dá-lhe um banho e cuida de suas feridas.
A segunda é Luisa com quem também travam uma briga, mas ambas são presas por desordem pública. Na cadeia, Rami acaba dizendo que ambas são esposas de Tony, que trabalha na polícia, e acabam soltas. É nesse momento que Rami conta a ela que existe outra mulher: a Saly.
Quando Rami visita a Saly acaba por descobrir que existe uma outra esposa, a Mauá, uma macua que fora recém-adquirida.
Rami quer compreender os atos de seu marido, uma vez que sempre se dedicara e era uma esposa fiel. Acaba concluindo que era gorda, sendo, por isso, a causa do abandono de Tony. Muitas vezes dialoga com o espelho, tentando encontrar respostas sobre o que deu errado em seu relacionamento.
Ao longo de toda obra, Rami faz de tudo para tentar reconquistar o seu marido: matricula-se num curso que ensina como amar, fazer uma tatuagem íntima, entrar numa seita e batizar-se. Nada disso, contudo, adianta, aumentando ainda mais a sua frustração.
Rami resolve, então, mudar de atitude: faz com que todas as amantes sejam reconhecidas como esposas, de modo a legitimar a poligamia de seu marido e os direitos e deveres de cada uma delas. Na ocasião do aniversário do filho de Luisa, Rami convida o pai para a comemoração em família. É o primeiro passo para a concretização da poligamia antes velada. Nessa festa, todas vão vestidas