Navio Negreiro

O Navio Negreiro
O Navio Negreiro é um poema (autoria de Castro Alves) de alto valor significativo no romantismo brasileiro. Pois, o autor toma de forma nada estética o negro como herói de sua obra, diferentemente do que faziam outros poetas, tais como Gonçalves Dias que tomava o índio como herói. Sua abordagem difere-se totalmente do que era recorrente no período do Ultra-Romantismo, também conhecido como “Mal do Século”; ele faz uma denúncia social acerca da escravidão e luta pela abolição dos negros, isso tudo em poemas que emitem pessimismo e angústia.

Resumo
Este livro é narrado pelo eu-lírico observador, ele observa a todo instante o ambiente e as pessoas ali. No início do texto ele diz estar em pleno mar, e observa a beleza à sua volta, como o vento, a Lua, os astros, as constelações e a harmonia da música que a brisa faz. Ele comenta a imensidade do céu e do mar e diz o quanto deve estar feliz quem observa toda aquela beleza.
O eu-lírico também observa os marinheiros. Chamando-os de homens do mar, rúdes, ele diz que eles não se importam de onde vieram, não tem saudade de seu lar, mas que eles amam o velho mar. O eu-lírico observa a vários marinheiros e as várias nacionalidades, o Espanhol, o filho indolente da Itália, o Inglês, o Francês e os Helenos.
Apesar de toda beleza que rodeava o eu-lírico, quando ele observa atentamente o navio e o que está nele, ele se depara com cenas horrorosas que aconteciam aos negros escravos, e com isso toda aquela beleza se acaba. O eu-lírico passa a narrar todas aquelas cenas de horror: as negras mulheres nuas espantadas, as crianças magras, o estalar do chicote naqueles que fraquejavam, a multidão faminta e os que choravam e dançavam ali, de acordo com que estalava o chicote.
Após essas cenas, o eu-lírico começa a se perguntar o porquê de Deus não interferir naquela barbaridade, como poderia haver tanto horror perante aos céus. O eu-lírico passa a questionar também quem eram aquelas pessoas, aqueles negros. Ele