Nau Captania

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Uma sucessão de falhas técnicas - falta de lastro, mau dimensionamento do mastro e falha no motor levou ao fracasso uma das maiores atrações das comemorações dos 500 anos do descobrimento. A réplica da embarcação que trouxe Pedro Álvares Cabral ao Brasil não conseguiu navegar até Porto Seguro. O Ministério Público e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) da Bahia ainda apuram irregularidades na construção da Nau Capitânia. Após novas tentativas frustadas na navegação, a nau ganhou outro destino: servirá, a partir de maio próximo, de cenário do filme Desmundo, uma co-produção entre Brasil e Portugal.
Na primeira fase de apuração, o Crea-Bahia responsabilizou a empresa Marenostrum, contratada pelo Clube Naval do Rio de Janeiro eInstituto Memorabília, pela condução inadequada da obra. De acordo com o conselheiro do Crea Leonel Borba, a Comissão de Ética e Mérito do Conselho ainda apura possível falta de ética contra o engenheiro naval que assinava a Anotação de Responsabilidade Técnica-ART. A acusação é de que o engenheiro acobertava o artífice francês Henry Schlomoff Moncey que exercia ilegalmente a profissão. Após a intervenção da Polícia Federal, o francês deixou o país.

Nau Capitânia: problemas técnicos e judiciais
A diretoria do Clube Naval do Rio de Janeiro evita comentar os problemas judiciais em torno da construção da nau. A caravela foi construída nas instalações da Base Naval de Aratu, em Salvador, sob a coordenação do Clube Naval. O empreendimento de R$ 4 milhões contou com a colaboração de patrocinadores que apoiavam o projeto do Instituto Memorabília e com R$ 2,3 milhões liberados pelo governo federal, através do Ministério do Esporte e do Turismo, ocupado na época pelo ministro Rafael Grecca.
A Comissão Nacional do V Centenário do Descobrimento do Brasil não aprovou o Projeto Nau - Instituto de Pesquisas para Assuntos dos Descobrimentos, que seria desenvolvido pelo Instituto Oceanográfico da USP e pelo

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