Narrativa

Para sempre sozinha Naquela cidadezinha tão pequena, era impossível não notar o rosto daquela pobre criatura, de longe podia-se observar seu sofrimento, uma aparência cansada, chegavam até a dizer que sua juventude fora tirada pelo sofrimento que havia passado com sua família por volta de seus 16 ou 17 anos. Sua casa era abandonada, simples e muito triste, por ser muito devota à Nossa Senhora, logo na entrada de sua casa havia uma imagem toda empoeirada da Santa. Certo dia, conversando com o morador mais antigo daquela cidadezinha, ficamos sabendo de sua verdadeira história, contada por Sr. Manoel, o padeiro mais velho da região. Foi então da seguinte forma que ele começou contando a história: - Ana mudou-se para a vizinhança muito cedo, devia ser seus 17 anos. – Disse com pequeno ar de tristeza. - E ela veio sozinha? – Perguntei entusiasmada com história. - Não! – Respondeu Sr. Manoel. - Ela veio com uma irmã muito pequena, acho que deveria ter seus 8 aninhos. Elas passavam por necessidades e quase nunca tinham o que comer em sua casa. Certo dia, quando fui abrir minha padaria, percebi um movimento estranho na rua, todos em volta da casa de Ana. Fui até lá ver o que havia acontecido, sua irmã havia falecido após uma terrível febre e muitas dores que sentira durante a noite inteira.
Depois de dois ou três meses, sua mãe e mais uma irmã irmã vieram morar com ela. Sua situação havia melhorado, afinal, sua irmã e irmã haviam arrumado um emprego de faxineira em uma empresa. Após três anos morando com Ana, sua mãe, Dona Violeta, começou a ficar muito doente, a ponto de ter que ficar internada por duas semanas, mas não resistiu e acabou falecendo, o que deixou Ana arrasada. Desse dia em diante, parece que sua aparência fora ficando cada vez mais velha, como se a cada ano que passasse, ela envelhecesse cinco. Restaram então apenas Ana e sua irmã, Analice. Foi então quando Ana começou a trabalhar em minha padaria como balconista, ela era muito gentil com