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Marx demonstra, contra Hegel (em princípio discípulo e depois rival) que a propriedade privada não pode ser considerada, de maneira nenhuma, como uma condição permanente da realização da liberdade, uma objetivação necessária do homem. Ela é, na sua própria raiz, a causa de uma desumanização dos seres humanos, a que Marx chama "alienação", mas dando a esta palavra o significado que lhe dava Fuerbach, isto é, concebendo a alienação como uma situação aberrante, insuportável, contrária à natureza das coisas. Além disso, é inútil imaginar, segundo Marx, que os conflitos nascidos desta alienação possam ser resolvidos pela intervenção do Estado. Na verdade, o próprio Estado não é mais do que um produto dessa alienação, não vê no Estado outra coisa senão uma força organizada pelos proprietários para a defesa dos seus privilégios. Desde então, impõe-se a conclusão: é necessário suprimir a propriedade privada e o Estado como pedem os comunistas e como deveriam pedi-lo socialistas como Proudhon, se fossem coerentes consigo próprios.
Marx demonstra, contra Hegel (em princípio discípulo e depois rival) que a propriedade privada não pode ser considerada, de maneira nenhuma, como uma condição permanente da realização da liberdade, uma objetivação necessária do homem.