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A CONSULTA PUERPERAL
O puerpério é o período que se inicia após o parto e a dequitação da placenta, dividido em imediato (1º ao 10º dia), tardio (do 10º ao 45º dia) e remoto (além do 45º dia). Caracteriza-se pela involução dos órgãos pélvicos e recuperação das alterações induzidas pela gestação, como a eliminação de lóquios, inicialmente sanguíneos e em seguida serossanguineos. Após 2 a 3 semanas, persiste apenas leucorreia residual. O fundo uterino, no
1º dia após o parto, pode ser palpado próximo à cicatriz umbilical (equivalente a uma gravidez de 20 semanas) e segue involuindo cerca de
1cm por dia. Por volta do 10º dia, já não pode mais ser palpado.
Como se trata de um processo fisiológico, a maioria das mulheres não apresenta complicações durante o período. Contudo, o relato de problemas de saúde com surgimento nas oito primeiras semanas após o parto tem variado de 47 a 76%, conforme o estudo. Esses problemas vão desde leve desconforto até condições que podem resultar em óbito materno. A mortalidade materna no Brasil é de
72 óbitos por 100 mil nascidos vivos, ainda muito elevada quando comparada a outros países. A consulta puerperal representa, assim, uma ação de vigilância em saúde, em que as condições da mãe e da criança devem ser adequada e oportunamente avaliadas.
Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do bebê, com nova consulta por volta do 45º dia. Caso o RN tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer nos primeiros 3 dias após a alta. O retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde e uma visita domiciliar, entre
7 a 10 dias após o parto, devem ser incentivados desde o pré-natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita domiciliar. Anamnese
Questionar a mulher sobre seu bem-estar emocional, sobre o suporte familiar e social que está tendo e sobre as estratégias utilizadas para

lidar com as situações diárias. Ela deve ser