Nanana

A evolução da moda infantil | | | |

Há bem pouco tempo se falar em “moda infantil” era quase uma heresia, moda e criança eram coisas incompatíveis, criança não era público consumidor e nem sequer se pensava em deixá-los opinar.

As últimas décadas foram transformadoras, principalmente se compararmos com os séculos passados, onde nada mudava, e o que se via era a criança sendo “coberta” ao invés de “vestida”.

Mesmo pesquisando costumes de centenas de anos houve muito pouca mudança, formas eram impensáveis para a vestimenta infantil, que no máximo, passavam de camisolões a túnicas, sem botões ou detalhes, cores eram praticamente proibidas, branco era quase obrigatório, com poucas exceções para preto, marrons e alguma ousadia em vermelho, os detalhes passavam por rendas, aventais sobrepostos ou suspensórios, estes além de simples enfeites, eram também funcionais.

Vestimenta é fator identificador de classe social, sempre foi assim, mas em se tratando de crianças, até mesmo esta identificação era mais tênue, uma vez que por muito tempo nem gênero era identificado, meninos e meninas vestiam-se de forma padronizada e amorfa, evidente que as crianças muito pobres muitas vezes nem se vestiam, ou caso isso acontecesse era com tecidos não elaborados e no máximo com as cinturas marcadas por cordas, sisal ou fibras naturais trançadas.

Por volta do séc. XV crianças usavam os vestidos, ternos, corpetes, saiotes, chapéus e toda a sorte de acessórios que os adultos usavam e faziam as faziam usar, desconsiderando suas necessidades infantis, isso foi aos poucos evoluindo e distanciando a visão distorcida de que crianças deviam ser a imagem dos pais.

No sec. XVIII o filósofo Jean Jacques Rousseau, grande pensador e estudioso da pedagogia, colocava a questão da mobilidade e das cores para a roupa infantil como de fundamental importância para seu desenvolvimento, sendo este inclusive um dos itens de seu método de ensino muito difundido e defendido, este aval de