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Inglês de Souza foi um dos introdutores do Naturalismo no Brasil, mas os seus primeiros romances não encantaram muito o público. Tornou-se conhecido com O Missionário. Nesse romance, descreve com fidelidade a vida numa pequena cidade do Pará (Silves), revelando agudo espírito de observação, amor à natureza, fidelidade ao comportamento humano do povo da região amazônica.
O missionário é um exemplar da tese determinista, que durante o Naturalismo, defendeu a ideia de que o homem é condicionado pela hereditariedade e pelo seu ambiente físico e social.
Determinismo: o meio onde vive determina o homem, no livro o autor conta que o padre Antonio antes de ir para o seminário morava em uma fazenda onde desfrutava de suas naturezas seguindo o caminho do pai um fazendeiro depravado, quando ingressou no seminário seus costumes e prazeres foram cortados Antonio passou a concretizar suam fé, um meio de apagar seu passado e controlar suas paixões, quando se torna padre é mandado servir a uma comunidade paraense onde quer impor sua filosofia sacerdotal ao povo. O Pe. Antonio em um momento da história sai em busca de catequizar os índios escondidos na mata, porém adoece a chega em um sitio onde é cuidado por Clarinha que reacende as paixões, o erotismo adormecido no padre, o Pe. Antonio não resiste ao sensualismo e acaba por quebrar seus votos de castidade.
O texto descreve claramente o determinismo hereditário que o Pe. Antonio quando criança era determinado pelo meio livre onde vivia, no seminário mudou seus costumes e passou a dedicar se a igreja, e quando por fim se livra do seminário isto é quando se torna padre seus instintos naturais são revitalizados quando deparado com o sensualismo da mulher.

Tempo
O livro foi escrito entre 1853 e 1918, logo a história deve-se passar entre esta época no auge do naturalismo, principalmente no mês de junho como citado no livro varias vezes.
Trecho onde mostra o tempo cronológico:
"sermão pregado aquela manhã"
"uma tarde de junho"