Nada demais

2583 palavras 11 páginas
independência do Haiti, influenciada pela Revolução Francesa, é considerada a única revolta de escravos bem-sucedida desde a Antigüidade clássica. Esse capítulo da história enche de orgulho os afro-descendentes latino-americanos, como símbolo da abolição. Na época, O trabalho na cana era extenuante e desumano. Por décadas, a colônia francesa de São Domingos sustentou um dos mais lucrativos negócios do Novo Mundo com o chicote apontado para o corpo dos escravos africanos. Os negros cavavam valas para o plantio das mudas, cuidavam dos brotos, zelavam pelo crescimento, faziam a colheita e toda a fabricação do açúcar. Os lucros dependiam da exploração do trabalho. A manutenção da escravidão pelos donos de engenho se baseava em castigos brutais e tinha um nível de perseguição implacável. Os relatos da época descreviam que as punições das chibatas eram mais comuns do que receber comida. Mutilavam-lhes membros, orelhas e genitais; faziam-nos comer excrementos; amarravam-lhes grilhões e blocos de madeira; prendiam-nos a postes fincados no chão. A tortura sistemática originava, não sem razão, uma sede de vingança. E este foi um dos motivos da revolta que seria iniciada em 1791 e conformou a única rebelião vitoriosa de escravos desde a Antigüidade clássica. A independência do Haiti, proclamada em 1804, só nasceu por causa dela.

Na ilha de Ahti – como os índios descreveram a região montanhosa para Cristóvão Colombo em 1492 –, o período colonial deixaria as marcas de genocídios, torturas e escravizações desde fins do século XV. A população nativa foi dizimada. Passou de aproximadamente meio milhão para cerca de 60 mil em rápidos 15 anos. Enquanto os espanhóis deixavam parte do território à medida que acabava a riqueza das minas de ouro, os franceses passavam a ocupar o norte da ilha. Em 1697, a Espanha reconheceu a soberania da França nas terras. A partir daí, o empreendimento dos colonizadores foi a cana-de-açúcar produzida pelas mãos dos escravos. São Domingos era um

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