Métodos de coloração de Gram
INTRODUÇÃO
A coloração de Gram é a técnica de coloração bacteriana mais difundida em Microbiologia. A técnica foi descrita em 1884 pelo médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram, quando este procurava uma forma de caracterizar pneumococos do tecido pulmonar de pacientes mortos de pneumonia (Barbosa & Torres, 1999). Gram observou que as bactérias adquiriram cores diferentes, quando tratadas com diferentes corantes. Isso permitiu classificá-las em dois grupos distintos: as que ficavam roxas, que foram chamadas de Grampositivas, e as que ficavam vermelhas, chamadas de Gram-negativas (Ministério da Saúde, 2001).
A técnica se baseia nas diferenças estruturais existentes entre os envoltórios celulares de bactérias Gram positivas e Gram negativas, e originalmente consistia no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano fixado por calor com os reagentes violeta genciana, lugol, álcool-acetona e fucsina (Ministério da Saúde, 2001). No entanto, a técnica sofreu algumas modificações ao longo do tempo: o reagente violeta genciana foi substituído por outro tipo de cristal violeta: o violeta de metila; o álcool-acetona foi substituído por álcool etílico 95% por ser mais seguro ao manuseio e não causar hiperdescoloração caso o operador não fosse muito habilidoso; e a fucsina foi substituída pelo corante vermelho safranina devido à sua distância do violeta no espectro de cores, o que permite diferenciar com maior nitidez tanto as bactérias gram positivas das bactérias gram negativa quanto diferenciar ambos os tipos bacterianos da coloração de fundo, que assume a cor vermelho-claro (Ministério da Saúde, 2001). A figura abaixo exemplifica o processo de coloração de Gram.
Figura 1. Exemplificação do processo de coloração de Gram (extraído de http://microbiologiaonlineblog.blogspot.com.br/2010/12/microbiologia-online-com-foco-em.html)
A coloração de Gram depende das particularidades estruturais do envoltório das bactérias Gram positivas