Método resistivimétrico

MÉTODO RESISTIVIMÉTRICO

Dentre todas as propriedades físicas das rochas e minerais, a resistividade elétrica é uma das que mais variam, podendo ir de 10-5 ohm, para um bom condutor, a 10¹³ ohm, para um mau condutor. Levando essa propriedade em consideração, o método resistivimétrico consiste em medidas de impedância seguidas de interpretação, em termos da resistividade elétrica das estruturas geológicas em subsuperfície, baseada na resposta de cada material ao fluxo de corrente. A observação se dá pela injeção de correntes contínuas ou alternadas no solo através de dois eletrodos e eletrorresistivímetro, e na medida da diferença de potencial pelo equipamento utilizando outro par de eletrodos. O valor obtido é função da resistividade aparente do solo e do arranjo geométrico dos eletrodos, de modo que o espaçamento entre eles é diretamente proporcional a profundidade alcançada.
As variações na resistividade elétrica causadas por heterogeneidades geológicas e hidrogeológicas podem ser verticais ou horizontais. Sendo assim, existem dois métodos distintos de levantamentos resistivimétricos: as sondagens e os caminhamentos elétricos. As sondagens elétricas (SE) detectam variações verticais a partir do aumento do espaço entre os eletrodos em sucessivas leituras. Os caminhamentos elétricos, por sua vez, detectam variações horizontais, mantendo a distância entre os eletrodos fixa e modificando a geometria de seus posicionamentos. Como no caso de caminhamentos elétricos o espaçamento entre os eletrodos é fixo, a profundidade de investigação é mantida aproximadamente constante.
Um dos arranjos de eletrodos mais utilizados em levantamentos com sondagens elétricas é o de Schlumberger, uma vez que é o que apresenta o maior detalhamento e maior profundidade de investigação dentre todos os arranjos. Neste tipo de arranjo, dois eletrodos de potencial (MN) fixos e dois eletrodos de corrente (AB) são dispostos linearmente na superfície com semi-espaçamentos crescentes e