Mário vieira de carvalho
O moderno paradigma da musicologia, conjugou uma ciência muito positiva que possibilitou uma neutra avaliação, de musica de outros tempos cheia de tradições Europeias e músicas que pertencem a outras culturas e tradições.
Seeger foi o primeiro musicólogo a por um problema, criticando o logocentrismo e o scientismo, dois pilares da musicologia.
Em meados de 1970, deparou-se com a crise dos paradigmas da ciência moderna e consequentemente desafiou os musicólogos a voltarem ao início, começando por criticar a própria musicologia.
Então propôs virar para um novo lado, concordando que o alvo existente seria a ciência exterior. Este apelo à critica hermenêutica da sociologia está inserido no Método “Wahrheit und Mothode”, primeiramente publicado em 1960, que exerceu uma influencia decisiva no desenvolvimento de uma novo e auto-critico conhecimento cientifico. De facto, a teoria de Gadamer sobre a hermenêutica, põem em questão a assunção metodológica em que a ciência moderna se baseia. Em vez de um ponto universal através do qual o “conhecimento objectivo” pode ser atingido, todo o entendimento é considerado como sendo contextual e histórico, enraizado em tradição e prejuízo. Isto implica que os resultados significativos de “um agregado de significados sedimentados que continuamente emergem de novas retrospectivas”. Deste modo, assim como Gadamer apela ao uso da “Razão Critica” para distinguir entre o que ele chama de “prejuízo Legítimos e ilegítimos”, a sua posição poderá evitar o niilismo de uma aproximação à interpretação enquanto que, ao mesmo tempo, rejeita a abstracção do pensamento racionalista; portanto “para entender a base hermenêutica de todo o significado envolve um entendimento critico do que somos como uma cultura” É