Mutilação Genitál Feminina
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A mutilação genital é uma tradição cultural que ainda persite em muitos países africanos, do Oriente Médio e da Ásia, contando também os grupos de imigrantes em outros países. Causa extremo trauma físico e psicológico nas vítimas independendo da idade, credo, cultura ou religião. Essa antiga tradição ritual está baseada nos costumes religiosos e socio-culturais bastante enraizados em cada país e cultura representando o ritual de passagem da infância para a idade adulta, a pureza da alma e do corpo, é tido como estético pelo orgão ser feio, garante a fidelidade e fertilidade da mulher, entre outros argumentos ultrapassados no tempo para fundamentar uma prática horrosa. A criança, adolescente ou mulher é submetida a riscos físicos e de sobrevivência nessa prática realizada na maioria das vezes por pessoas incompetentes e na extrema falta de higiene. São comuns a hemorragia, choque séptico no ato devido a alta dor sem anestesia, maior vulnerabilidade para se contrair DST's, dolorosas cicatrizes, dores ao urinar, complicações na hora do parto, quando não morrem durante o corte. Quanto aos danos psicológicos, a mulher fica excluída de uma vida norma e sexual, são depressivas, apresentam transtornos. A Organização Mundial da Saúde tem tentado arduamente desincentivar a MGF (sigla para Mutilação Genital Feminina), uma clara violação dos direitos básicos humanos, uma tortura e abuso sexual. Mas, por outro lado, os povos e etnias que praticam a MGF acreditam verdadeiramente estarem fazendo o bem, escolhendo o que é melhor para suas filhas devido sua cultura. A batalha contra essas mutilações ainda é difícil porque, além delas serem defendidas como tradições culturais e tribais arraigadas há séculos, defronta-se também com o medo das mulheres em buscar seus direitos. Muitas delas preferem perder a sexualidade a perder o poder e autonomia, privilégios concedidos