Museu Lasar

6830 palavras 28 páginas
“João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro.”
Pode-se concluir que o protagonista desta história é João Romão, pois é ele que inicia a construção do cortiço, além disso, segundo Cláudio Fatigatti em sua tese (1992) “É assim que começa a narrativa de O cortiço colocando a personagem de João Romão desde logo em primeiro plano”.
João Romão, segundo Luiz Antônio Ferreira, carrega características da tendência naturalista; o vendeiro é vítima da ambição, do ter, seduzido pelo dinheiro. Com isso o autor se vale da fala do narrador para criticar a sociedade de sua época “apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo que ele não apoderar-se logo com as unhas”.
Como proprietário da venda, era ali mesmo que João Romão dormia; a comida quem lhe arranjava era Bertoleza, uma crioula escrava, amigada com um português. Bertoleza era uma quitandeira que juntava economias para comprar sua liberdade.
Com a morte de seu dono, a quitandeira aproximou-se de João Romão que passara a ser além de seu confidente, seu caixa, procurador e conselheiro. Seu João como Bertoleza o chamava, passou a controlar todos os ganhos e débitos que a escrava tinha. E quando deram fé já estavam amigados.
João e Bertoleza passaram a morar juntos. Com as economias de Bertoleza, João Romão comprou um terreno ao lado de sua venda. Depois de muito sair à rua naquele dia, João volta pra casa com um papel em suas mãos. Ele foi ler para a amiga o que dizia no papel:
“– Você agora não tem mais senhor!” – ela ouvia com lágrimas nos olhos.
O casal abriu uma garrafa de vinho e embebedaram-se em comemoração ao fato, no entanto, a carta era de

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