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"Dirceu Benincá: por uma reforma da grande política no Brasil"

"Trata-se agora de produzir uma grande reforma política. Uma reforma para fortalecer a grande política, a Política com “P” maiúsculo, em detrimento da malfadada política pequena, das negociatas, da corrupção, do clientelismo, da mercantilização, enfim de toda carga negativa que faz com que muitos fiquem apáticos ou tenham nojo da política", escreve Dirceu Benincá, sociólogo e pós-doutorando em Educação.

Confira o artigo:

Nosso modelo político carrega fortes marcas do patriarcalismo, do patrimonialismo estatal, do machismo, da segregação racial, do famoso “jeitinho brasileiro”, além de heranças da ditadura militar.
Tudo isso associado aos interesses de grandes grupos mediáticos e empresariais, fazendo com que a política sofra ataques mortais e, muitas vezes, vire mercadoria em um balcão de negócios.
A propósito, Sérgio Buarque de Holanda, na obra “Raízes do Brasil” (2003), apontava nossa secular incapacidade de separar o público do privado; uma inclinação que se faz passar por natural, uma tendência que sustenta a lógica clientelista.

O atual sistema político brasileiro conserva e reproduz sérias distorções. Como exemplo, cita-se a desproporcionalidade de representação social e étnico-racial em cargos eletivos.
Dos 594 parlamentares (513 deputados federais e 81 senadores) eleitos em 2010, apenas 43 (7,23%) declararam-se negros, sendo que pelo censo de 2010 do IBGE, 51% da população brasileira é negra ou parda. No Congresso não há representantes indígenas.
O número de representantes das classes mais pobres, das mulheres, de trabalhadores rurais e urbanos e de jovens é muito reduzido, enquanto que os empresários e ruralistas possuem 433 deputados. Portanto, a composição dessa casa legislativa não retrata a sociedade brasileira.

Outras grandes distorções dizem respeito ao financiamento de campanhas, à corrupção na política e ao apequenamento da política. Nesse sentido, nos

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