Movimentos Sociais

Avritzer (1994, p.189-190) afirma que
Os movimentos sociais constituem aquela parte da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas sociais, onde a ação é a portadora imediata da tessitura relacional da sociedade e do seu sentido.

Os movimentos sociais não se constituem como simples objeto social e sim como lente intermediária na qual, variados problemas podem ser estudados. A avaliação desses movimentos no Brasil, tanto no espaço urbano quanto no espaço rural, apresentam base teórica oriunda do marxismo. Temos, no início do século XX, tais movimentos com maior enfoque ao meio rural e a conquista de poder político.
Em meados da década de 50, os movimentos sociais nos espaços rural e urbano ganharam visibilidade através das manifestações em locais públicos. Os movimentos populares urbanos foram impulsionados pelas Sociedades Amigos de Bairro (SABs) e pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).
Por volta dos anos 60 e 70 houve a disseminação de tais movimentos no Brasil, mesmo diante de forte repressão policial. Haviam reivindicações por educação, moradia e voto direto devida a força que ganharam os movimentos sindicais e as organizações estudantis.
As greves dos metalúrgicos paralisaram as indústrias de São Paulo, logo acompanhadas por greves dos bancários. A crise do “milagre econômico” foi o estopim desses movimentos, a luta contra a carestia balançou os alicerces da ditadura. Paralelamente, surgiram grupos ligados a questões específicas: mulheres, povos indígenas, negros e homossexuais. (PINSKY, 2003)

Em 1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura militar, esse movimento inicia um processo de reorganização, como a única força não institucionalizada de oposição política. A história mostra como esse movimento constitui força auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as tensões que se desencadearam no núcleo do sistema dependente. O movimento estudantil é o produto social e a expressão