Movimento Social: Marcha das Vadias

Movimento Social: Marcha das Vadias

1. O contexto social em que o movimento surge.
A Marcha das Vadias teve origem em Toronto, no Canadá, em resposta à declaração de um policial que orientou a estudantes universitárias a não se vestirem como vadias para não serem estupradas. Esta declaração foi interpretada como uma dupla culpabilização da vítima e uma isenção do agressor Assim, o movimento começou com mais de 3 mil mulheres canadenses indo às ruas para protestar contra o discurso de culpabilização das vítimas de violência sexual ou de qualquer outro tipo de violência contra as mulheres. A partir daí a Marcha se espalhou para o resto do mundo e hoje é considerada um movimento internacional.

2. A relação do contexto social com a demanda apresentada pelo movimento
A “Marcha das vadias” está fortemente conectada a outros movimentos femininos nacionais e internacionais que defendem com veemência a emancipação da mulher contra qualquer espécie de preconceito de gênero, ainda presente, nos dias de hoje na sociedade patriarcal em que vivemos. Tal como na vida “real”, na publicidade, por exemplo, a mulher assume várias funções tal como, fonte de desejo masculino, esposa, mãe e carreira profissional. Estatísticas mostram que, cada vez mais, as mulheres tornam-se independentes, estudam mais, têm menos filhos, vivem mais, mas, continuam ganhando menos em relação aos homens, além de sentirem que a desigualdade de gêneros ainda é muito forte na sociedade brasileira, mesmo com os avanços econômicos femininos. Concluímos assim que a Marcha está ligada indiscutivelmente ao contexto social do século 21, onde apesar das muitas conquistas feministas, ainda se tem um grande caminho a ser trilhado em nome da igualdade sexual.
3. Os aspectos éticos abordados pelo movimento
Todas essas mulheres marcham por seu direito de ir e vir, seu direito de se relacionar com quem e da forma que desejarem e seu direito de se vestir da maneira que lhes convier sem a ameaça do estupro, sem a