Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil

Resumo:
O presente relatório tem por objetivo demonstrar a trajetória do desenvolvimento sócio-histórico do Serviço Social, bem como o significado da profissão no cenário brasileiro, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade. Pretende também entender os pressupostos filosóficos e suas influências no Serviço Social, além de conhecer o Movimento de Reconceituação Brasileiro, suas causas, consequências e resultados práticos.
Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil
É um movimento que surge no Brasil, em meados dos anos 60, devido a necessidade visível de se adequar as práticas profissionais da Assistência Social à realidade do país, iniciando com a ruptura do conservadorismo (denominado Serviço Social “tradicional”). Construindo novos métodos e técnicas a partir das necessidades populares, para um agir profissional com identidade própria, condizente com a realidade social brasileira da época.
É importante citar que, este processo de ruptura, não aconteceu de forma estanque, mas sim como um processo de construção coletiva, consoante com a conjuntura político-econõmica-social da América Latina. Como bem assevera Faleiros:
“ a formulação de um pensamento crítico no serviço social, vinculado à luta de classes, não foi obra de nenhum “iluminado”, mas o resultado de um processo histórico complexo de lutas, de resistência ao imperialismo e à ordem dominante, de organização das classes subalternas e de construção de um projeto político de aliança de intelectuais com os dominados, explorados e oprimidos, na luta por mudanças profundas” (p. 25, 2005).
As mobilizações sociais e políticas somadas às inquietações internas dos assistentes sociais diante da realidade conflitante trazem à tona a crise enfrentada pela profissão. Crise que para Faleiros (2005) se traduz na desqualificação do Serviço Social no mundo científico e acadêmico, nas inadequações metodológicas, na ausência de teorização articulada e nas práticas longínquas das reais e