Mosh: interpretando socos e pontapés

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Mosh, interpretando socos e pontapés.

Resumo

A proposta de trabalhar com o ritual do mosh está ligada a perspectiva pós moderna de apreensão do que sou eu e do que é o outro é constituída a partir da relação com as estruturas logicas afirmam identidade e diferença nas fronteiras grupais. As identidades grupais são ligadas a rotina e aos mitos formadores da consciência grupal, mitos de origem esses que são reafirmados através de teias de significados que constituem rituais cotidianos que consagram e categorizam pertencentes ou não de uma cultura.

Palavras Chaves: Rituais, Tribos Urbanas, Identidade, Fronteiras Étnicas.

O ritual que pretendemos analisar neste artigo é o mosh, uma forma que pode ser classificada como dança, agressão ou mesmo um ritual que acontece nos shows de hardcore. A possibilidade de realizar este trabalho se deve ao fato de seus autores terem vivencias nesse universo em momentos diversos de suas vidas e por isso encarnam tal universo cultural.

O mosh ( mosh pit ) é um tipo de “dança” se assim podemos dizer, que é praticada por integrantes da cena hardcore / punk e que foi difundida para outras vertentes do rock pesado, especialmente o thrash metal e o death metal.

Um mosh visualmente é, um grupo de pessoas em um show formam uma roda e começam a praticar seus "passos" . O verdadeiro intuito de um mosh, não é bater nas pessoas, pois os movimentos que são realizados com os braços e as pernas (como voadoras, chutes, socos) são apenas pra atingir o "ar", de forma agressiva mas visando apenas demonstrar a potencial virilidade. No entanto, a concentração de pessoas é grande em uma roda de mosh, e por consequência, acaba atingindo todas as outras.

Para interpretar os sentidos contidos nesse ritual recorreremos ao contexto sociocultural do surgimento desses movimentos, não em uma relação de causa efeito mas numa alusão a complexidade de elementos incorporados a esse ritual

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