Morte nas culturas Hindu e Grega

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A elaboração do luto – em casos de mortes – não pode ser considerada completa sem os rituais fúnebres. Essas celebrações, além de possibilitarem contatos afetivos e de conforto entre parentes, apresentam simbologias que pretendem concretizar o ocorrido. Em todas as sociedades existem ritos e mitos sobre a morte, pois ela implica a tomada de providências práticas e a reordenação das relações sociais. Sociedade Hindu Na sociedade hindu, era praticada a incineração crematória. O cadáver não era conservado com as marcas da sua identidade, personalidade e inserção social, mas completamente consumido pelo fogo, destruído até às cinzas, que eram lançadas ao vento, ou nas águas dos rios, sendo o morto privado de todos os seus traços identitários. Sendo tratado como vítima de um sacrifício, a destruição do cadáver marcava a Destruição integral da sua existência, Ficando livre de todos os seus pecados. Nesta sociedade a morte era interpretada como a via de acesso ao Absoluto, ao Eterno, e à paz originária:
As comunidades hindus não procuravam a sua permanência na terra. A lenda desta sociedade, diz que quando a “mãe terra” se encontrava sobrecarregada de pessoas vivas, apelava ao deus Brahma, que enviava a “mulher de vermelho” (que representa a morte, na mitologia ocidental) para levar pessoas, aliviando assim, os recursos naturais e a sobrecarga populacional da “mãe-terra”. Sociedade Grega
Os antigos gregos praticavam o mesmo gesto cultural – a incineração – com um sentido completamente diferente da cremação entre os hindus. No caso dos gregos, as cinzas não eram lançadas ao anonimato dos ventos, mas cuidadosamente guardadas em memória dos mortos, como os hindus, os antigos gregos cremavam os corpos dos mortos, como sacrifício de tudo o que era mortal e findável, para preparar a passagem dos mortos para uma outra condição de existência, a condição social de mortos. No entanto, em sentido totalmente oposto ao dos hindus, o sacrifício não tinha a intenção

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