Mortalidade no Brasil

Mortalidade no Brasil
No Brasil a mortalidade materna é um problema sub-dimensionado, associado ao desconhecimento da população quanto à importância do registro vital adequado, a ocorrência de partos domiciliares não notificados em áreas rurais, à existência de cemitérios clandestinos, além da dificuldade do preenchimento da declaração de óbito.
Grafico 1 - Razão de Mortalidade Materna no Brasil, 1980 a 2002 (por 100.000NV).

Como é sabido, o Brasil é um país de dimensões continentais, possuidor de realidades regionais muito díspares entre si. As maiores razões de morte materna têm sido observadas na região sul do Brasil. Este fato tem sido associado à existência de um sistema de verificação e notificação de óbito com melhor desempenho nesta região, o que provavelmente reduz a taxa de subnotificação e permite um registro mais fidedigno da realidade.

Grafico 2 - Razão de Mortalidade Materna por regiões do Brasil, 1996-2002.

A despeito de uma grande variabilidade inter-estadual, as regiões norte e nordeste do Brasil têm apresentado uma tendência de elevação das razões de morte materna desde o início dos anos noventa, tendência que pode ser entendida como uma adequação do registro oficial à realidade subjacente.
Com relação às causas de mortalidade materna, de 1996 a 2002, observa-se que as causas obstétricas diretas são as principais responsáveis pelas mortes maternas no Brasil, seguidas das causas indiretas. Dentre as causas obstétricas diretas predominantes, a hipertensão persiste ao longo anos como a principal causa de mortalidade.

Gráfico 3. Razão de Mortalidade Materna para a Região Nordeste e estados,
1991-2002

A definição de políticas públicas de combate à morte materna depende de informações de qualidade e é dentro deste pressuposto que são situados os comitês de mortalidade materna na estratégia nacional de coleta de informações sobre a mortalidade materna. O Comitê de Morte Materna é um organismo de natureza