morfometria t.cruzi metaciclico

2937 palavras 12 páginas
Artigo original

MORFOMETRIA DE TRIPOMASTIGOTAS SANGUÍNEOS
DE Trypanosoma cruzi CHAGAS, 1909
(KINETOPLASTIDAE, TRYPANOSOMATIDAE)
Luciamáre Perinetti Alves Martins, 1 Roberto Esteves Pires Castanho, 1 Alex Silva de Gusmão 1 e João Aristeu da Rosa 2
RESUMO
Este estudo teve por objetivo produzir subsídios numéricos para auxiliar a caracterização das formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi quanto às suas dimensões, em razão da dificuldade para classificá-las apenas por seu fenótipo morfológico observado na visualização microscópica. Foi realizado, então, um estudo experimental em 150 formas tripomastigotas, obtidas de cinco cepas de
T. cruzi recentemente isoladas, aplicando-se um tratamento estatístico e matemático. Os resultados mostraram que existe forte correlação entre as variáveis comprimento (C) e largura (L), sendo possível definir intervalos para agrupá-las segundo o coeficiente C/L. Assim, as formas pequenas apresentaram C/L menor ou igual a 7,06, as médias apresentaram C/L maior que 7,06 e menor que
8,12 e as grandes apresentaram C/L maior ou igual a 8,12.

DESCRITORES: Doença de Chagas. Trypanosoma cruzi. Tripomastigotas.
Morfometria.
INTRODUÇÃO
Desde a descrição do protozoário Trypanosoma cruzi em 1909, por Carlos
Chagas, as variações das características morfológicas da forma tripomastigota do parasito chamaram a atenção de vários pesquisadores (3, 5, 6, 16, 17). Assim, pesquisas foram realizadas com a intenção de diferenciar esse flagelado das outras espécies do gênero (3, 17).
A aplicação de métodos estatísticos com essa finalidade iniciou-se com trabalhos de Pearson (12, 13), que utilizou o teste qui-quadrado para demonstrar que
1
2

Faculdade de Medicina de Marília, Marília, SP, Brasil.
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista, Campus de Araraquara,
Araraquara, SP, Brasil.

Endereço para correspondência: Profa Luciamáre Perinetti Alves Martins. Disciplina de Parasitologia/
FAMEMA.

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