Moral

3687 palavras 15 páginas
O INATISMO DE LEIBNIZ E O FUNDAMENTO DA MORAL

Rodrigo ANDIA

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RESUMO Devido à importância do inatismo para a história da filosofia moderna em geral e para a metafísica em particular, os Novos ensaios sobre o entendimento humano de Leibniz são uma das obras mais relevantes acerca do tema. Representações que se encontram na alma antes de qualquer impressão sensível, para Leibniz elas lá estão virtualmente e somente os sentidos são capazes de atualizá-las, com o que o autor confere um novo papel para a experiência. De uma forma geral, o próprio conhecimento se dá unicamente pela passagem do virtual para o atual. Por outro lado, ao invés de pressuporem uma polêmica “concordância universal”, como pensava Locke, as idéias inatas permitem o conhecimento da moral e da subjetividade humana. Tal como se verá a seguir, no sistema leibniziano elas representam as razões eternas de Deus como fundamento necessário de toda a metafísica. Palavras-chave: inatismo, idéias, empirismo, virtualidade, leis eternas

Os Novos ensaios sobre o entendimento humano apresentam a teoria do conhecimento de Leibniz e, principalmente, sua crítica ao empirismo clássico de Locke. É nesta mesma obra ainda que encontramos a revalidação do inatismo para o conhecimento da moral e da metafísica. Nesse sentido, procuraremos mostrar, no presente artigo, a relação da produção do conhecimento com a subjetividade humana. A crítica que Leibniz endereça a Locke diz respeito diretamente à aquisição do conhecimento e sobretudo à existência das idéias inatas. Tal crítica tem inteiro fundamento, pois, para Locke, o conhecimento só pode ser adquirido por meio da experiência, uma idéia só existindo de fato se ela antes for percebida pelos sentidos. Neste caso, os sentidos são para o homem as janelas da alma, e, segundo as palavras de Locke: “Afirmar que uma noção está impressa na mente e, ao mesmo tempo, afirmar que a mente a ignora e jamais teve dela qualquer conhecimento, implica reduzir estas impressões

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