Moral de spinoza

1813 palavras 8 páginas
Introdução

A filosofia moral de Spinoza como ele a apresenta na "Ética", define "o bom" em termos largamente subjetivos: o bom para diferentes espécies (Por exemplo, para o homem e para o cavalo) é diferente. O que nossa razão considera como mal, não é um mal em relação à ordem e às leis da natureza universal, mas somente em relação às leis de nossa própria natureza, tomada separadamente. Assim, para Deus a distinção entre bom e mau não teria sentido, uma vez que tal distinção é essencialmente relativa a finalidades das criaturas finitas. Daí nosso "problema do mal": lutamos para reconciliar os males da vida com a bondade de Deus, esquecendo de que Deus está acima do bem e do mal. Bom e mau são ligados a gostos e finalidades humanas e muitas vezes individuais e não têm validade para um universo no qual os indivíduos são coisas efêmeras. Assim, quando qualquer coisa na natureza parece-nos ridícula, absurda ou má, é porque não temos senão um conhecimento parcial das coisas e ignoramos em geral a ordem e a coerência da natureza como um todo e porque desejamos que tudo se arrume conforme os ditames de nossa própria razão.
E tal como acontece com "bom" e "mau", o mesmo se dá com "feio" e "belo"; esses termos são também subjetivos e pessoais. Também a estética de Spinoza é totalmente subjetiva, pois segundo ela a beleza não é mais que um efeito sobre o espectador.
Ele não atribui à natureza nem beleza nem deformidade, nem ordem nem confusão. Somente com relação à nossa imaginação podem as coisas ser chamadas de belas ou feias, bem ordenadas ou confusas.

Acredita-se, às vezes, que o interesse pela natureza demonstrado durante o século XVII, foi coisa inédita, e que, em conseqüência, seus grandes pensadores deviam ter procedido a um estudo inteiramente novo de problemas que não haviam sido encarados antes deles. As investigações têm demonstrado que Descartes mesmo era um medieval (os melhores dentre os medievais eram muito modernos). Uma vista d'olhos sobre a obra

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