A Monarquia Inglesa Até o quinto e sexto séculos da era cristã, a Inglaterra era habitada por comunidades independentes com domínios bem definidos, em geral governados por um rei. Têm-se poucas informações sobre os povos que habitavam as ilhas britânicas na Antiguidade. A Ilha dos Bretões, antes que chegassem os romanos, no século II a. C., esteve ocupada por povos bárbaros, entre os quais os celtas e os bretões. Sabe-se, porém, que antes do calciolítico havia em Wiltshire culturas avançadas, com as quais se relaciona a construção de famosos monumentos megalíticos como o de Stonehegen, que precedem o período de invasões procedentes de Europa continental que introduziram o uso de ferramentas e instrumentos de cobre o bronze. Quando César conquistou a Bretanha, nesta prevaleciam os celtas oriundos da Gália, mais uma grande quantidade de tribos aborígenes semisselvagens e belicosas que opuseram sérias resistências às legiões romanas. Depois da saída definitiva das legiões romanas das províncias da Britânia (408), por ordem do Imperador Honório, estes pequenos reinos tornaram mais fragilizados e suscetíveis às invasões migratórias e, especialmente, de escoceses, irlandeses e tribos germânicas do continente. Deu-se aí a supremacia dos anglo-saxões, indivíduos dos povos germânicos que invadiram a Inglaterra entre os séculos V e VI, e lá se fixaram. Esses anglo-saxões eram um povo do noroeste da Germânia, que ocupou a ilha e nela se mantiveram até a chegada dos normandos no século XI. Depois dos romanos a Britânia foi dividida em dois sub-reinos, Cornouaille e Domnonée, após a morte (421) do rei Gradlon Mawr. Foi neste período que se destacou a lendária figura do Rei Artur como um líder e símbolo da resistência das ilhas britânicas contra invasões externas. A partir de meados do século VII alguns reinos britânicos começaram a cair perante outros mais fortes, nascendo um pequeno número de reinos dominantes como a Nortúmbria, Lindsey, Anglia Oriental, Mércia, Wessex e