Modernidade: Ontem, Hoje e Amanhã.
A introdução, Modernidade: Ontem, Hoje e Amanhã; contida no trabalho de Marshall Berman, “Tudo o que é sólido desmancha no ar; A Aventura da modernidade” inicia a discussão sobre como aproximar-se de um entendimento do que venha a ser modernidade, além de abordar como esta concepção sofreu modificações através dos séculos, e igualmente há a tentativa de possibilitar uma melhor compreensão dos conceitos e movimentos a esta atrelada.
A explanação tem no seu início o estabelecimento do caráter paradoxal do que venha a ser o moderno. As possibilidades transformadoras desta noção somente se igualam em número e intensidade às perspectivas destruidoras. Segundo o autor se o novo confere a promessa de aventura, progresso e superação de barreiras, do mesmo modo este poderia vir a desencadear a perda do que já fora alcançado, o que confirma o paradoxo da experiência moderna.
Firmado esta premissa, Berman registra a intenção de compreender de que maneira as transformações as quais o conceito de moderno sofreu podem influenciar no que hoje se considera modernidade. A divisão da História da modernidade proposta pelo autor visa claramente cumprir esta, apesar do mesmo reconhecer a impossibilidade de se precisar algo tão extenso.
Detalhando tal divisão, a primeira fase deste processo, conforme o texto discutido, está no início do século XVI até o término do XVIII, período no qual as pessoas não possuem um percepção nítida do movimento proveniente da modernidade, ainda que estas possam estar inseridas de modo mais intenso neste.
A segunda fase consiste no momento pós-revolucionário de 1790. Como expõe Marshall as pessoas detêm o sentimento de viver em meio as “ondas” revolucionárias e seus respectivos efeitos nos campos econômico, político e social; contudo este mesmo público simultaneamente traz marcado a experiência do que é estar em um mundo que não realizou